Mais da Metade dos Brasileiros Já Usa IA para Comprar, E Isso Está Mudando Tudo

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Imagine você, na correria do dia a dia, pedindo ao celular uma sugestão de presente para o aniversário da sua mãe ou um jantar rápido para impressionar os amigos. Pois é, mais da metade dos brasileiros — 52%, para ser exato — já está fazendo isso com ajuda da inteligência artificial (IA), segundo um relatório fresquinho da Adyen, empresa global de pagamentos. Esse número não só cresceu 52% em relação a 2024, como mostra que a IA está virando o braço direito de quem compra no Brasil. E, olha, isso é só o começo!

O estudo, que ouviu mais de 41 mil consumidores e 14 mil empresas em 28 países, deixa claro: a IA não é mais coisa de filme de ficção científica. Aqui no Brasil, 18% das pessoas experimentaram ferramentas como ChatGPT ou assistentes similares pela primeira vez nos últimos 12 meses. Ou seja, além de quem já usa, tem muita gente nova entrando nessa onda — e o potencial para crescer ainda mais é enorme.

Geração Z e Millennials na frente, mas os “tiozões” surpreendem

Não é surpresa que a Geração Z e os Millennials, que praticamente nasceram com um smartphone na mão, sejam os campeões no uso de IA para compras. Para eles, pedir uma dica de tênis estiloso ou um restaurante descolado para o fim de semana é tão natural quanto mandar um meme no WhatsApp.

Mas o que realmente chama atenção é a adesão de quem, até pouco tempo, parecia avesso a essas modernidades. Sabe aquele seu tio que ainda usa o Orkut no coração? Pois é, a geração Baby Boomer (nascidos entre 1946 e 1964) deu um salto de 135% no uso de IA para compras — isso mesmo, 135%! A Geração X (os “quarentões” e “cinquentões”) também não ficou para trás, com um aumento de 66%.

Agora, para os mais velhos, acima dos 60, a coisa ainda engatinha: só 26% deles usam IA na hora de comprar. Mas, com o tempo, até a vovó pode estar pedindo dicas de presentes pelo celular!

Como a IA está mudando o jeito de comprar

No mundo do varejo, a IA já é praticamente uma vendedora virtual. Segundo o relatório, 77% das empresas usam IA para sugerir produtos, e 70% dos consumidores acham que as marcas com quem eles compram já estão nessa onda. E não é para menos: a IA consegue, em segundos, analisar seu histórico de compras, o que você curte nas redes sociais e até o horário em que você costuma abrir a carteira. O resultado? Recomendações tão precisas que parecem ler sua mente.

Quer um exemplo? No setor de roupas, já tem aplicativo que sugere looks completos com base no seu estilo, no clima da sua cidade (porque ninguém merece suar em São Paulo com uma jaqueta errada) e até no que a sua influenciadora favorita postou no Instagram. Na alimentação, a IA vai além: já pensou em um app que monta um cardápio semanal, respeitando que você é alérgico a glúten e ama um churrasco no domingo? Pois isso já existe!

E as empresas estão apostando alto: 47% dos varejistas planejam turbinar as vendas em 2025 com estratégias baseadas em IA, enquanto 42% querem usar a tecnologia para criar produtos novos, fuçando nos dados para descobrir o que o consumidor quer antes mesmo dele saber.

Roupas e comida: onde a IA brilha

Os setores de vestuário e alimentação são os queridinhos da IA. O estudo mostra que 72% dos brasileiros querem descobrir novas marcas e experiências de compra com ajuda da tecnologia. Sabe aquele momento em que você quer inovar no guarda-roupa ou no cardápio, mas falta inspiração? A IA entra como um amigo que sempre tem uma ideia na manga — desde que seja prática e faça sentido.

Pensa só: você mora no Rio, tá calor, e a IA sugere uma camiseta leve, com um short que combina e ainda te mostra onde comprar com desconto. Ou, na cozinha, ela te ajuda a planejar uma feijoada vegana para os amigos, sem esquecer do suco de laranja natural para acompanhar. É praticidade que fala, né?

Cuidado com a privacidade: nem tudo são flores

Mas nem tudo é um mar de rosas. Renato Migliacci, vice-presidente de vendas da Adyen no Brasil, jogou um balde de água fria bem necessário: “A IA coleta um monte de dados — desde o que você compra até o que você curte no TikTok. É crucial entender como essas informações são usadas e quais os limites dessas ferramentas.”

A personalização é incrível, mas exige responsabilidade. As empresas precisam ser transparentes sobre como usam seus dados e investir pesado em segurança. E o consumidor? Bom, precisa ficar de olho e não sair clicando em tudo que a IA sugere sem pensar. Afinal, algoritmos podem ser espertos, mas nem sempre são 100% imparciais.

Além disso, Migliacci reforça que a experiência do cliente ainda é rei. Não adianta ter a melhor IA do mundo se o atendimento for ruim ou a entrega atrasar. No Brasil, onde a gente valoriza um bom papo e um cafezinho, a tecnologia precisa vir com um toque humano para conquistar de verdade.

O futuro é agora — e ele depende de você

A IA não é mais coisa de “Black Mirror”. Ela já está no nosso dia a dia, ajudando a escolher desde o tênis perfeito até o jantar de sexta-feira. Para as empresas, é uma chance de ouro para se conectar com os clientes de forma mais inteligente e ética. Para nós, consumidores, é hora de usar a IA com sabedoria: aproveite as dicas, mas não abra mão do seu bom senso e da sua privacidade.

No fim das contas, a tecnologia pode sugerir o mundo, mas quem bate o martelo é você. E aí, já usou IA para comprar algo? Conta aqui nos comentários o que achou dessa experiência!